terça-feira, 16 de junho de 2009

::Serei plenitude!


Vou...
Soltar...
As Palavras que...
Aprisionei ...
Na palma das mãos,
Que elas voltem...
Repletas de fantasias...
Serei plenitude,
Nem que seja...
Por Um Dia...


Mas chegará...
o instante em que...
me darás a mão,
não mais por solidão,
mas como eu agora:
por amor...

Clarice Lispector

::Mata-me esta loucura!


Desenlaça-me o corpo,
sobe-me em desejos,
e entra por mim dentro,
com caricias e beijos,
fascina-me,
tira-me o norte,
na candura do toque!

Cega-me o sussurro,
do gemer surdo,
atiça-me o desejo,
tortura-me a pele,
com tua língua de mel!

Desfruta-me a fragrância da volúpia,
aproxima-me da vertigem,
leva-me o olhar a origem,
inquieta-me a alma,
a insana doçura,
saliva-me o corpo!

Rasga-me!

Amor.... mata-me esta loucura!!!

::Lenta tentação...


É...

Comer morangos com creme,
e lamber o néctar que escorre...
no canto da tua boca...


É...
deixar derreter o gelo,
e ser tua sim...
Até o fim...

::Sentimentos...


Sentimentos...
entram e saem...
pela porta do coração,
loucura de sensações,
loucura de paixões…
Corações palpitam,
libertam o desejo,
encantam no beijo,
enroscam corpos latejando,
em gemidos amando…


Intenso, febril, cabeças a mil,
mãos em delírio,
o desejo intenso no olhar,
em pele molhada viajar…

::Verbo Amar...


Tu és em meu viver toda a ternura.
Hibisco nascido no vale da esperança
Cuja seiva cai como o mel e eu
Sou a abelha, dona de teu corpo.
Vivo em delírios a sorver a doçura
Que tu tens para me dar.
Devaneio com asas livres para voar,
Só quero me entregar.
Quero a ti, homem de olhar flamejante,
Encantado, à espera do pouso, repouso
Na alcova, onde percorre minhas
Entranhas e assim me ganhas no
Diário dialeto de o verbo amar!


Tânia Mara Camargo
Publicado: 06/02/2009 12:28hs.
www.luso-poemas.net

::És o meu bem...



O sabor da tua luz
Vem como tênue
Esplendor...
Perco-me em
Meu corpo que
Consente delícias
E labaredas.
Contemplo-te.
Sinto...Sinto...
Eterno minuto
Em que redescubro-me
Sob tua língua.
Dissolvo-me em
Mar essencial, em
Um mosaico ardente.
O tempo nos esquece
Enquanto Vênus tece
Fios para nos prender.
As formas perdem-se
Em infinitos, em doces
Espamos e gritos
E a delicadeza encontra
O além...De olhos fechados,
És o meu bem, o meu
Decisivo e único bem...







::Verdade e doçura!



Eu quero um poema simples
sem rodeios ou delongas
Sem mistérios e coisa do tipo...

Quero um poema que se olhe
e entenda, que seja transparente
como vidro, como água, alma...

Um poema risonho e brincalhão
que não busque resposta nem pergunta
poema não afetado, sincero...

Poema feito jóia diamante
sem rima, sem metro, sem tamanho
sem dor, até, sem amor, só um poema...

quero só falar da simplicidade
de viver, de ver o desabrochar
dos botões de rosas na primavera...

Só quero uns versos toscos...
sobre amar ser bom, ser feliz...
e simples, quero versos retos...

Um poema ingênuo de si mesmo
quero palavras puras de sabor
de candura, de desprezo de si...

Quero palavras sinceras sobre
tudo, e sobre nada, por que...
alguma coisa seria demais...

quero poder falar dos copos
falar de óculos, de mesas
sem devaneios, sem rodeios

Não quero questionar nada
e talvez nem procurar, só
parar o mundo com as palavras...

Quero o menos complexo
de si mesmo, do mundo, de tudo
Ah! Talvez nem queira coisa alguma...

Mas, enfim, colho palavras no ar...
e monto um poema como a alma pura...
um poema sobre nada e coisa alguma...
ou um poema sobre a verdade e doçura...





::Entre beijos...e desejos...

::Se...por acaso!


Se chegares como quem não quer nada
E de repente abraçar-me com força
Eu me confesso apaixonada...

Mas se acaso trouxer-me flores
Com um laço de fita vermelha
Desfaço-me de todos os pudores...

Se me olhares com malícia
A desnudar meus preconceitos
Faço-te mil carícias...

Se continuar olhando fixamente
Encantado pelo encontro
Deito-me contigo mansamente!


::Minh'alma goza...


Minha alma goza...
É rosa e delicadeza
Serenando
Em meu corpo.
Pétalas abertas
Para a eternidade,
Perene, perene...

Profana alma,
Indo além,
Tão além do bem
E do mal, existindo
Íntegra e paradoxal
Quando desejo o
Teu desejo e os meus
Lábios são apenas
Um beijo...

Morro em meu corpo,
Morro no teu corpo,
E minha alma goza
A rosa entre-aberta,
A palavra certa.

Saio de mim,
Perco-me de mim
Numa alegria louca
E desmedida
E sem culpa nenhuma
Gozo a vida...