terça-feira, 16 de junho de 2009

::Verdade e doçura!



Eu quero um poema simples
sem rodeios ou delongas
Sem mistérios e coisa do tipo...

Quero um poema que se olhe
e entenda, que seja transparente
como vidro, como água, alma...

Um poema risonho e brincalhão
que não busque resposta nem pergunta
poema não afetado, sincero...

Poema feito jóia diamante
sem rima, sem metro, sem tamanho
sem dor, até, sem amor, só um poema...

quero só falar da simplicidade
de viver, de ver o desabrochar
dos botões de rosas na primavera...

Só quero uns versos toscos...
sobre amar ser bom, ser feliz...
e simples, quero versos retos...

Um poema ingênuo de si mesmo
quero palavras puras de sabor
de candura, de desprezo de si...

Quero palavras sinceras sobre
tudo, e sobre nada, por que...
alguma coisa seria demais...

quero poder falar dos copos
falar de óculos, de mesas
sem devaneios, sem rodeios

Não quero questionar nada
e talvez nem procurar, só
parar o mundo com as palavras...

Quero o menos complexo
de si mesmo, do mundo, de tudo
Ah! Talvez nem queira coisa alguma...

Mas, enfim, colho palavras no ar...
e monto um poema como a alma pura...
um poema sobre nada e coisa alguma...
ou um poema sobre a verdade e doçura...





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